segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Proposta regulamenta doação e transplante de medula óssea.

Jornal DCI – S.Paulo – 11/08/10

BRASÍLIA – A Câmara analisa o Projeto de Lei 6996/10, do deputado José Genoíno (PT-SP), que estabelece normas para a doação de sangue e células do corpo humano vivo, destinada exclusivamente a transplante de medula óssea. Atualmente, a doação e o transplante de medula são regidos pela Lei 9.434/97, que regulamenta os transplantes de órgãos em geral.

Genoíno afirma que o objetivo do projeto é reunir em uma única lei as normas já existentes tanto na Lei dos Transplantes como em normas do Ministério da Saúde. Ele argumenta as especificidades desse tipo de transplante justificam uma lei própria.

Regras gerais
Conforme o projeto, toda pessoa juridicamente capaz, entre 18 e 55 anos de idade, em bom estado geral de saúde, poderá, de forma gratuita, doar ou dispor sobre a doação de sangue e de células do próprio corpo vivo, para finalidade terapêutica ou de transplante de medula óssea em qualquer pessoa.

A doação somente será possível quando não impedir o doador de continuar vivendo sem qualquer risco para sua integridade em decorrência direta da doação, não implicar comprometimento de sua plena capacidade vital, física e mental, não lhe causar qualquer espécie de mutilação ou deformação e quando corresponder a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à possível sobrevivência da pessoa receptora.

O transplante somente se dará mediante consentimento expresso do receptor, o qual deverá constar em lista única de espera, que observará, rigorosamente, a ordem de sua posição nessa lista, somente sendo possível seu reposicionamento para cima ou para baixo nessa ordem em razão de não compatibilidade imunológica do imediato doador com o imediato receptor, tudo dependendo de aconselhamento médico sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento.

Pelo projeto, gestantes poderão ser doadoras, desde que o procedimento não coloque em risco o feto. O texto também torna possível a doação de células tronco retiradas de sangue de cordão umbilical ou placentário, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.

O deputado Beto Albuquerque ressalta, em entrevista à Rádio Câmara, a importância de se cadastrar como doador de medula óssea.O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), hoje administrado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), permanece responsável pela organização do cadastro de doadores. O texto determina ainda que o exame para garantir a ausência do vírus HIV na doação seja feito juntamente com os testes de compatibilidade.

Pergunta e Respostas Sobre o Transplante de Medula Óssea

INCA

O que é medula óssea?
É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.


Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave, Mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode ser indicado.
Anemia Aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.

Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais.


Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.


Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.


Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No transplante de medula, a rejeição é rara.


Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.

O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%.

O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (geralmente um irmão ou parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Mas hoje já existem mais de 12 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 1 milhão e 400 mil doadores.

O que é o REDOME?
Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se voluntariam a doar medula para pacientes que precisam do transplante foi criado o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Um sistema informatizado cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados no REDOME com as dos pacientes que precisam do transplante. Quando é verificada compatibilidade, a pessoa é convocada para realizar a doação.

Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.

Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 61 centros para transplantes de medula óssea e 17 para transplantes com doadores não-aparentados: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), INCA, Hospital das Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Boldrini, GRAAC, Escola Paulista de Medicina - Hospital São Paulo, Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital AC Camargo, Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da UNICAMP, Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês.

Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de dois transplantes com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados sete transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.

O que a populãção pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.

Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança de informação, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME (21+3970-4100/redome@inca.gov.br).

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Transplante de medula óssea cura doença rara de pele

REVISTA VEJA

Transplantes altamente arriscados de medula óssea curaram cinco crianças com um defeito genético potencialmente letal. Segundo pesquisadores americanos, aparentemente essas pacientes não produzem as proteínas que mantém a pele unida.

Vítimas da epidermólise bolhosa distrófica recessiva (RDEB, na sigla em inglês) têm bolhas dolorosas na pele, na boca e na garganta, causada por qualquer mínimo trauma - até um simples toque. Isso expõe o organismo a infecções e, em alguns casos, a uma forma agressiva de câncer. Com dificuldade para engolir, muitos pacientes acabam morrendo de desnutrição crônica.

Com o novo tratamento, "houve uma melhora na cura, menos bolhas, e sua qualidade de vida foi positivamente afetada", segundo John Wagner, da Universidade de Minnesota, que participou do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine. Os pacientes, segundo ele, "puderam fazer coisas que não faziam antes, como andar de bicicleta ou subir em um trampolim".

Riscos - A RDEB afeta uma em cada 50.000 pessoas e, por causa dos riscos do transplante de medula óssea apenas os casos mais graves são considerados candidatos ao procedimento, segundo Wagner. Durante o estudo, uma sexta criança morreu por causa dos efeitos colaterais de uma droga usada no preparativo do transplante, e outra morreu de infecção após o transplante. Após os sete primeiros casos relatados, outras seis crianças foram submetidas ao tratamento com bons resultados, salienta o especialista.

O tratamento habitual para vítimas da doença custa 30.000 dólares por ano. Estima-se que o transplante custe de 500.000 a 1 milhão de dólares.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Beto Albuquerque festeja inauguração de novo banco de cordão umbilical no País

Matéria Públicada terça-feira, 8 de junho de 2010.

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) festejou nesta terça-feira (08), em Brasília, a inauguração no Ceará do oitavo banco público de cordão umbilical do País.

O parlamentar gaúcho lembra que ao todo serão 12 bancos públicos, numa ação do Ministério da Saúde. Capital do Rio Grande do Sul, a cidade de Porto Alegre será a próxima a inaugurar facilitando ainda mais a solidariedade da população para ajudar a quem aguarda angustiado por transplante de medula óssea.

Campanha para incentivar a doação.

O Governo do Estado, em parceria com o Hemocentro do Rio Grande do Sul, iniciou, na manhã desta segunda-feira (9), uma campanha para mobilizar as pessoas a doarem medula óssea. Realizada pela Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social (SJDS) e a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), a ação pretende mobilizar toda a sociedade, começando pelos servidores da Fundação.

Na abertura do evento, o secretário da SJDS, Fernando Schüler, destacou a importância de mobilizar todas as fundações da pasta. "Em qualquer campanha de doação temos que nos fazer presente, isto é um ato de solidariedade." O presidente da Fase, Irany Bernardes de Souza, salientou que os servidores da Fundação devem levar a mensagem da campanha para todos os seus conhecidos. "Devemos começar a mobilização com as nossas famílias e passar esta mensagem adiante."

A Coordenadora da Captação de Doadores de Sangue e Medula Óssea do Hemocentro do RS, Maria de Lurdes Peck, destacou que o Brasil tem em torno de dois milhões de pessoas cadastradas no banco de doadores. "Este número é muito pequeno, pois a cada ano temos mil novos casos de pessoas que necessitam de um doador compatível. É preciso conscientização da população e o cadastro de doadores é o primeiro passo para a doação".



Fonte:Diário Popular.

sábado, 7 de agosto de 2010

Falta de atualização de cadastro impede doações de medula óssea.

Hospitais têm dificuldade de localizar doadores que não atualizam dados.Muitos desistem por medo; médicos garantem que procedimento é seguro.

Quase dois milhões de pessoas estão cadastradas como possíveis doadores de medula óssea no Brasil. Mas, muitas vezes, o problema na hora do transplante é encontrar quem se cadastrou e ajudar pacientes como Leonardo, de 13 anos.

O adolescente tem leucemia e há um ano procura um doador de medula – a única possibilidade de cura no caso dele. “Quero jogar bola, ir à praia, shopping... só", diz o menino, cheio de sonhos.Entre irmãos, a chance de haver compatibilidade é de uma em cada quatro pessoas. Mas fora da família, o índice cai para um em cada 100 mil pessoas.Depois de muita espera na fila, ao receber a notícia de que finalmente há um doador compatível, o paciente pode não conseguir realizar o transplante porque o doador mudou de endereço, não atualizou seu cadastro e, dessa forma, não pode ser localizado.

Este ano em todo o país, 337 pessoas foram identificadas no cadastro com medula compatível para doação. Mas 54 delas não puderam ser encontradas.

“Quem se cadastrar, quem quiser ser um doador, ajudar uma pessoa a se salvar de muitas doenças, como é o caso do transplante de medula óssea, tem que estar consciente de manter esse cadastro atualizado”, alertou o diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luís Fernando Bouzas.
Há também uma parcela que desiste quando recebe o chamado por medo. Mas os médicos garantem que o procedimento é seguro.

A medula, que parece uma gelatina, é retirada dos ossos da bacia com uma espécie de agulha. O doador não sente nada e, geralmente, é liberado do hospital no dia seguinte.Já o paciente recebe a medula por um cateter, em um processo parecido ao de uma transfusão de sangue.

“Na hora que você acha um doador, que precisa de uma compatibilidade, que você punçou uma pessoa num universo de 100 mil pessoas, que ela diga ‘sim’ naquela hora tão importante para se sentir muito bem, com alma lavada: ‘Eu ajudei alguém a sobreviver’”, afirmou a coordenadora de coleta do Instituto estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), Vera Horta.

Fonte:G1.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É permitido Doar!

























Com o objetivo de incentivar a doação de sangue, as acadêmicas de Comunicação Social, habilitação Relações Públicas, Caroline Viana e Graciela Formentini elaboraram a campanha “É permitido doar!”. O projeto faz parte do trabalho de conclusão do curso das alunas. Para a realização do projeto as acadêmicas irão utilizar os espaços cedidos pelos meios de comunicação onde irão esclarecer as dúvidas e divulgar a importância deste ato simples e de grande valor para quem necessita da doação.

No mês de agosto, a campanha terá como foco os jornais. Cada semana depoimentos de doadores, enfermeiros e dos receptores da doação serão um incentivo a mais para que a comunidade com um todo busque o banco de sangue e realize a sua doação.Em Ijuí, o banco de sangue fica localizado junto ao Hospital de Caridade de Ijuí e realiza as coletas de segunda a sexta-feira, das 07h30min até as 18h. Para doar sangue é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50quilos e não estar em jejum.

Orkut da Campanha É Permitido Doar!:



Fonte:ClicRBS - Rumos do Noroeste.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Drica Moraes: de volta à vida!

Atriz festeja 41 anos depois do sucesso do transplante de medula.










A cena comove, pois é um novo ano que se completa e com mais esperanças. Um bolo de aniversário, um coro no Parabéns pra Você que tem um significado maior, presentes e um carneirinho de pelúcia branco, que Drica Moraes abraçou e depois colocou sobre a cabeça, sem a faixa que usa para compor o visual, como se fossem cabelos de boneca. Mais ainda: ao festejar seus 41 anos na sexta-feira (30), estava ao lado do filho, Mateus, de 1 ano e 5 meses, que ela, claro, encheu de chamegos, cercada por familiares e amigos, felizes por sua volta ao Rio de Janeiro para a data. A comemoração é pelo sucesso do transplante de medula óssea, em 23 de junho, e sua recuperação após a cirurgia,uma etapa importantíssima e animadora contraa leucemia, doença em que um conjunto de neoplasias malignas (câncer) ataca o sangue. ''Um novo ciclo se inicia, estamos comemorando. Drica renasceu!'', diz a mãe da atriz, Clarissa Gaspar, 63. A doença foi descoberta em fevereiro deste ano e Drica passou por quimioterapia - o transplante é recomendado para que a doença não retorne. A caixa do e-mail de Drica está abarrotada de mensagens e ela tem falado com as pessoas mais próximas por telefone. A família está feliz ao lado dela, assim como o namorado, o médico ortomolecular Fernando Pitanga, 54, presente na festa e na ponte aérea, já que a atriz está hospedada na casa do irmão, o médico Eduardo Moraes Rego Reis, 42, em São Paulo, e ele a visita na cidade, nos fins de semana.

''Ela está muito feliz'' ''Ela está ótima. Está bem com o filho, com Fernando (o namorado), com a família, com os amigos. Está muito feliz'', completa a mãe.Por causa do tratamento e cuidados após a cirurgia, ela precisa evitar lugares fechados e multidão. Em avião, usa máscara, pois precisa ter cuidado com vírus e bactérias, já que sua imunidade ainda está baixa - o trajeto de São Paulo e Rio para o aniversário foi feito de carro, na parte da tarde, após alguns exames de rotina.

Ela deve ficar em solo paulistano ainda por três semanas, já que precisa ir ao Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, onde fez o transplante.Drica está tomando remédios, tem certas restrições e cuidados que se estenderão até meados de outubro e só após completar 100 dias do transplante (que ela conseguiu por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o Redome, de um doador sem grau de parentesco) é que poderá ficar direto no Rio.

Ela não tem pressa e nada disso tem tirado seu ânimo. ''O importante é que volte curada'', explicou Clarissa, que tem passeado com a filha por São Paulo e ambas adoraram esses momentos. Amigos emocionados A atriz fez aniversário na quinta-feira (29), mas sua festa aconteceu no dia seguinte, no Jardim Botânico. Ela chegou ao Rio na própria quinta à noite Drica e foi para o prédio da mãe, no Humaitá, zona sul do Rio. Na sexta-feira (30), na comemoração, apareceu ao lado de Fernando e do filho, por volta de 15h, e já foi recebida por muitos amigos e muitas crianças, entre eles os atores Marcelo Valle, 43, Sílvia Buarque, 41,Enrique Diaz, 41, e a mulher, Mariana Lima, 37, Guilherme Piva, 42, entre outros. ''Fiquei muito surpreso com Drica. Antes, eu ouvia falar em leucemia e acreditava ser uma doença letal. Quando vi minha amiga, foi emocionante. É legal que as pessoas tenham essa noção da importância do transplante'', disse Marcelo Valle. Exemplo para a mãe A atriz cumprimentou um a um com uma alegria contagiante.

A aniversariante se dividia entre os amigos e os cuidados com seu filho. Por muito tempo ficou brincando com ele, sentada ao chão, no parquinho, e trocando carinhos com o namorado. A mãe diz: ''Drica é um exemplo para mim e é muito grata ao doador, que era 100% compatível. Ela jamais vai saber quem é, não tem como saber, mas ela agradece todos os dias, assim como a força que recebeu dos fãs. Vimos o quanto ela é querida. Só temos a agradecer a toda energia positiva, às orações, que recebemos nesse período. Ela está recuperada''. Por enquanto, a atriz ainda não faz planos de trabalhos, mas acredita que a partir de novembro poderá começar a pensar no assunto. ''Ela é independente. Claro que pensa em voltar a trabalhar, mas por enquanto está tomando os cuidados necessários com sua saúde. Ela tem total zelo por isso e está rodeada por pessoas que dão força. Voltar ao trabalho será importante, talvez em novembro, mas tudo a seu tempo. Ela quer resgatar esse tempo para curtir mais o filho'', explica a mãe, que está morando com o neto em sua casa, no Rio. ''Drica fala com ele por telefone e vem encontrá-lo para matar a saudade'', completa Clarissa. O acompanhamento da doença, segundo o doutor Celso Massumoto, hematologista e oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, é de cinco anos e após esse período o paciente é considerado curado.

Fonte:Revista Contigo - por: Clarice Muniz.